Ex-atleta, com presença nos Jogos Olímpicos de Seul (1988), especialista em meio-fundo e fundo, várias vezes campeão nacional de 5000 e 10 000 metros e recordista nacional de 3000 metros obstáculos durante 17 anos, José Regalo assume hoje a coordenação a Norte do Programa Nacional de Marcha e Corrida (PNMC), da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA). Licenciado em Educação Física e Desporto e Mestre em Ensino da Educação Física nos ensinos Básico e Secundário pelo Instituto Universitário da Maia, onde também lecionou, José Regalo, que desempenha, desde 2013, funções na Direção da FPA, assume agora este novo desafio, nas suas palavras, “num projeto já consolidado, mas a precisar de uma energia renovada”, numa zona do país que tão bem conhece, já que, além de ter nascido em Mateus, Vila Real, percorreu, nas últimas quase duas décadas vários estabelecimentos de ensino da região Norte, por força da sua atividade enquanto docente.
A Norte, os hábitos de corrida e de caminhada enquanto meio para “um estilo de vida mais saudável, não só a nível físico, mas também mental”, como lembra José Regalo, “estão já, de certa forma, enraizados”, embora, à semelhança do resto do país, “sejam mais comuns no litoral do que no interior”. Apesar disso, esta é uma prática que, na opinião do agora coordenador do PNMC para a zona Norte, “necessita de alguma organização, com pontos físicos em locais aprazíveis, nos quais os praticantes possam ter alguma orientação, por parte de técnicos acreditados, mas também momentos de convívio”. Trata-se, no fundo, de “promover a prática da corrida e da caminhada de forma saudável e segura”, indo ao encontro do objetivo para o qual foi criado o PNMC.
Neste contexto, para José Regalo, os próximos tempos vão ser de “levantamento de dados e das diferentes realidades e dinâmicas do PNMC dentro e fora da FPA”, para que se possa, por um lado, “saber os aspetos a melhorar” e, por outro lado, “sensibilizar mais autarquias para que se juntem ao projeto, enquanto parte fundamental do PNMC a nível local”. “A maioria das autarquias está motivada para a prática desportiva enquanto fator imprescindível na manutenção da saúde física e mental da população, por isso, o PNMC acaba por, de uma forma simples e sem grandes custos associados, ir ao encontro dessa necessidade de criar estruturas que promovam este hábito localmente, de forma sustentada e segura. Importa, por isso, identificar essas autarquias e dar-lhes a conhecer este projeto e é esse trabalho que tem de ser continuado”, conclui José Regalo.