O Comité de Avaliação de Risco em Farmacovigilância (PRAC) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) informou ontem (dia 7 de abril) que existe uma possível ligação entre a administração da vacina contra a COVID-19 da AstraZeneca e a ocorrência de eventos trombóticos em localizações atípicas. Nesta sequência, estes fenómenos passam a constar do resumo das características do medicamento como reações adversas. A COVID-19 é uma doença grave associada a risco de internamento e de mortalidade. Globalmente, a EMA considerou que os benefícios relacionados com a prevenção da COVID-19 superam o risco destes efeitos adversos. 

Em concreto: 

Acima dos 60 anos não houve uma associação entre a utilização desta vacina e a ocorrência destes fenómenos trombóticos;

Abaixo dos 60 anos há uma associação a fenómenos trombóticos raros e acima do esperado, que continuam em investigação;

A decisão de vacinar tem sempre em conta um balanço entre os benefícios (prevenir a doença) e os riscos (reações adversas da vacina);

À medida que a idade avança, o risco de complicações por COVID-19 aumenta e diminui o risco dos eventos trombóticos que estão a ser associados a esta vacina. Nas populações mais jovens, o risco de complicações de COVID-19 é baixo, sobretudo em pessoas sem doenças, e é nestas populações que foram verificados os fenómenos trombóticos em investigação.

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